quinta-feira, 25 de outubro de 2012

John William Waterhouse

Garimpando imagens para acompanhar o texto “Presença Desconsertante” postado ontem, 24/10, tive a grata oportunidade de conhecer um pintor chamado John William Waterhouse. Ele nasceu em 6 de abril de 1849  e faleceu em 10 de fevereiro de 1917. Foi um pintor neo-clássico e Pré-rafaelita do Reino Unido, famoso por seus quadros representando personagens femininas da mitologia e da literatura. Filho de artistas, as suas primeiras incursões na pintura foram influenciadas pelo neoclassicismo vitoriano, pelo pré-rafaelismo e mais tarde sentiu-se atraído pelos impressionistas franceses. Se no princípio da carreira se dedicou a temas da Antiguidade Clássica, mais tarde debruçou-se sobre temas literários, sempre com um estilo suave e misterioso, repleto de romancismo, que o permitram ser enquadrado no simbolismo. O seu quadro mais famoso é The Lady of Shalott. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/John_William_Waterhouse.
Achei as pinturas tão maravilhosamente belas que resolvi compartilhar com vocês (podem ser visualizadas em: http://www.johnwilliamwaterhouse.com/home/.







quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Presença Desconsertante


(...) Não importa se ela não o vê desde o ano passado. Não importa se ela nem estava lembrando de sua existência.É assim cada vez que ele põe os pés no mesmo ambiente. Ela sabe que ele está ali. Ela sente sua presença. Ela simplesmente olha em volta e – bingo! – lá está ele. E depois que ele se vai a recordação de sua presença permanece com ela por um bom tempo. Uma das últimas vezes em que aconteceu ela tentou ignorá-lo (afinal ele nem fazia mais parte de sua caixinha de possibilidades).
Ela percebeu sua presença enquanto dançava. De fato, ele estava ali e a fitava. Em outro momento ela o viu através do vidro do restaurante. Ele passava altivo, gesticulava e sorria, falando com alguém. Enquanto a imagem real dele desaparecia na parede branca, sua imagem mental já ficava gravada na mente dela. E como custava a sair! Era como aquele cheiro bom que a gente tem gravado na nossa memória olfativa (cheiro do bolo da vó saindo quentinho do forno; cheiro de um café fresquinho; de um vinho apreciado; cheiro de livro novo; cheiro de lençol e travesseiros limpos; cheiro do corpo da pessoa amada). Mas, de ordinário, a vida segue seu curso... o tempo passa. Ela tem a sensação de que será sempre assim... Ele será sempre aquela presença desconsertante. Como um vento breve e repentino, que despenteia e desalinha. Como aquele cheiro bom que de vez em quando a memória se encarrega de trazer à tona no meio de uma tarde morna para dar ao coração uma centelhazinha de felicidade.
(...)