quinta-feira, 18 de outubro de 2012

As curvas da estrada de Santos

Faz um tempo já que curvas povoam a minha rotina em muitas horas do meu dia. Mas não me refiro a quaisquer curvas.

Nem às surpreendentes e reveladoras curvas do circuito de Fórmula 1 de Suzuka-Japão, na opinião do piloto Sebastian Vettel.

Nem às sinuosas curvas das montanhas de Petrópolis que, em matéria publicada no Jornal O Globo em junho de 2012, convidam a cada volta a ‘uma gelada’, considerando-se a quantidade de bares e quiosques que anunciam a bebida a preços módicos e indo de encontro à lei seca e à segurança dos motoristas que cedem à sede e à tentação da publicidade insistente.



Também não me refiro às curvas de alguma celebridade-fruta ou de algum fisiculturista.
Muitos menos às curvas da inflação nos gráficos dos economistas; a menos que sejam descendentes!
O termo curvas pode remeter a diversos assuntos: particularmente nos dias atuais a primeira coisa que me vem à mente com a menção da palavra é a dança denominada zouk. É uma dança extremamente sensual. Toda cheia de ‘ésses’. Costumo brincar que no zouk se aprende a fazer ‘ésses’ verticais, diagonais, paralelos, horizontais e em todas as direções (pausa para uma digressão: fiquei pensando que a palavra ‘SenSual’ não poderia ser grafada sem essa letra cheia de curvas, não é?).

 Mas acredito piamente que uma das curvas mais conhecidas são as Curvas da Estrada de Santos ‘en-cantadas’ pelo Rei Roberto Carlos (não o jogador de futebol!), mas o grande Rei da Música Brasileira.


Claro que essas curvas serão lembradas pela maior parte de nós brasileiros.

Bem, mas ainda não me refiro a essas curvas tão famosas.

Refiro-me às curvas que estão em franco processo de construção, que a cada novo dia surgem mais sinuosas e surpreendentes. Curvas que inesperadamente surgem cheias de charme e de mistérios. Chega a ser instigante pensar nessas novas curvas na calada da noite à luz do luar, ou mesmo sob a iluminação artificial, que de certo modo as favorecem, amplificam e até revelam. Elas me fazem questionar se mais curvas surgirão nos dias seguintes e nos tempos futuros. Eu espero sinceramente que sim!

Na verdade, estou me referindo às curvas que faço todas as manhãs e noites no percurso de minha casa ao trabalho. É que minha cidade está em obras.

E a cada manhã mais uma curva surge; mais ‘ésses’ aparecem no trajeto. Só que não recebem esse nome tão sugestivo. Geralmente aparecem em placas alaranjadas sob o pseudônimo de ‘desvio’.

By M@riblue.